Veja como o mercado de imóveis deve se comportar pós-pandemia (ou pelo menos quando ela estiver mais controlada)
Como estará o mercado imobiliário depois da pandemia? Se você trabalha neste segmento ou se interessa por ele, provavelmente já pensou nisso algumas vezes, tendo em vista os grandes impactos que a situação causou em todo o mundo.
A incerteza causada pela pandemia, especialmente em seu início, trouxe um cenário preocupante em vários setores, o que não foi diferente no imobiliário, mas a expectativa é de que esses resultados negativos sejam amenizados com o passar do tempo.
Continue conosco para entender melhor como deve ser o mercado imobiliário para 2021 e quais são algumas das possíveis implicações causadas por isso.
Como ficou o mercado imobiliário durante a pandemia?
Antes de entender o que o futuro reserva, é importante ter um breve panorama do que aconteceu durante a pandemia, de modo a se situar melhor.
Basicamente, o mês de abril foi o pior para a economia de modo geral, o que também afetou o setor imobiliário. Os resultados do PIB do 2º trimestre de 2020 indicaram uma retração de 9,7% na comparação com o 1º trimestre de 2020, sendo que as maiores quedas foram nos setores de serviços (-9,7%) e indústria (-12,3%).
Porém, esses números preocupantes não duraram tanto, o que é ótimo. Os resultados do PIB do 3º trimestre de 2020 foram um alento, já que indicaram um crescimento de 7,7% na comparação com o 2º trimestre do ano, melhoria bastante significativa.
É fato que o PIB do 3º trimestre de 2020 foi 3,9% menor que o do mesmo período do ano anterior, mas há que se ponderar que o país ainda vive a recuperação da pandemia, ou seja, a situação não é a mesma que acontecia em 2019.
Em meio a tudo isso, porém, o setor da construção, especialmente, não foi tão abalado pela pandemia, muito pelo contrário. De acordo com dados divulgados pelo IBGE, o PIB da construção já tinha crescido 5,7% no 2º trimestre, na comparação com o 1º trimestre, e ainda cresceu mais 7,7% do 3º para o 2º trimestre.
Ainda assim, alguns impactos foram sentidos. O PIB nacional caiu 3,9% no 3º trimestre quando comparado ao mesmo período do ano passado, ao passo que o PIB da construção caiu 7,9%.
Portanto, em suma, podemos dizer que o mercado imobiliário sentiu os impactos da pandemia, como não poderia deixar de ser, mas isso não aconteceu com tanta intensidade quanto em outros setores, como serviços e indústria, por exemplo.
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Afinal, como deve ficar o mercado imobiliário depois da pandemia?
Provavelmente deve se manter aquecido por alguns fatores, como os seguintes:
“Ressignificação” do imóvel
A pandemia fez com que as pessoas passassem a ver outras necessidades em suas casas e apartamentos para além de um espaço usado “apenas” como moradia.
Um artigo do Correio Brasiliense mostrou o resultado de uma pesquisa da Consultoria Brain, que disse que a crise sanitária aumentou o desejo de muitas famílias de trocarem seu apartamento por uma casa para ter mais conforto e espaço.
Feito com 128 pessoas de oito capitais brasileiras, 14% delas relataram que estão buscando por terrenos fora das grandes cidades, enquanto 27% afirmaram que passaram a valorizar ainda mais as áreas verdes para a aquisição de novos imóveis.
Analistas ainda afirmam que a pandemia trouxe uma “ressignificação” do imóvel, que passou a ser ainda mais um espaço de convivência familiar, onde se efetua a prática do trabalho a distância, ambos fatores que demandam mais espaço, além da necessidade do distanciamento social.
Queda nos juros
Há que se destacar outro fator super importante a influenciar o mercado imobiliário para 2021: as quedas nas taxas de juros, o que traz impactos especialmente a longo prazo para quem deseja comprar um novo imóvel.
De acordo com o histórico de taxas de juros básicas do Banco Central do Brasil, a meta Selic é a mais baixa da história, fixada em 2% pela 4ª reunião seguida. Os números chamam a atenção, já que o mesmo indicador já chegou a estar em 14,25% no 2º semestre de 2016.
Nós já falamos por aqui que a taxa Selic influencia no financiamento imobiliário, já que ela é a taxa básica de juros da economia brasileira, mas quando aplicamos a situação em um contexto prático, os impactos se mostram ainda mais intensos.
De acordo com um artigo do E-Investidor, pertencente ao Estadão, os juros mais baixos podem deixar um financiamento imobiliário 30% mais barato, o que é super significativo, principalmente quando consideramos que esses são compromissos financeiros que devem ser cumpridos por décadas.
A plataforma imobiliária Kzas simulou o financiamento de um imóvel de R$ 500 mil em dois cenários diferentes: com juros de 10,5% a.a., taxa que já foi cobrada há algum tempo; e com juros de 6,99% a.a., que se encontram nos principais players hoje em dia.
Em ambas simulações, o valor da entrada foi de R$ 100 mil e o restante seria financiado em 30 anos.
O resultado foi uma redução de 30% no valor total do financiamento. Na primeira simulação, a parcela inicial era de R$ 4.630,43, ao passo que a parcela inicial da segunda simulação caiu para R$ 3.369,90. A renda familiar, por sua vez, caiu de R$ 13,3 mil para R$ 9,6 mil.
Logo, como já estamos no final do ano, a expectativa é de que o mercado imobiliário para 2021 continue a reservar boas possibilidades, especialmente no início do ano, quando a economia ainda deve estar se recuperando e, por consequência, a taxa Selic deve estar em baixa.
Se você pensava em comprar imóveis em 2021, saiba que este pode ser um bom plano, seja para economizar na aquisição do que você já planejava ou para conseguir investir em um imóvel com maior valor agregado sem ter que aumentar a renda familiar atual.
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Mercado imobiliário para 2021: um alento em meio a tantas situações difíceis
Além de algo inesperado, a pandemia trouxe várias consequências catastróficas, principalmente em relação às vidas e à saúde da população. Porém, o mercado de imóveis foi um dos menos afetados e quem já tinha os planos de comprar uma casa ou apartamento encontra neste momento o ideal para colocá-los em prática.
Mesmo que o mercado imobiliário depois da pandemia deva se manter em uma boa situação, você já pode concretizar seu investimento ao comprar um terreno com a AGN, sua imobiliária em Sinop. Assim, será possível ter a casa que você sempre sonhou e, ainda, em uma cidade que está em franca ascensão. Aproveite!